Vermeer, A leiteira
Grupo I
1. 1. Impressões e ideias são percepções mentais, isto é, constituem todo o
conteúdo da mente que podemos conhecer. As primeiras são originais e antecedem
as segundas que são cópias feitas mediante a memória das impressões vividas. Podemos
ter ideias de objectos nunca antes vividos, se associarmos ideias simples,
formando assim ideias complexas como a ideia de vampiro. Podemos também
antecipar o prazer ou a dor vividas pela expectativa de as voltarmos a viver.
Seja pela memória ou pela imaginação as percepções pensadas, ideias, não são
nunca tão fortes e intensas como as vividas, impressões, e sendo que o original
é sempre mais forte e perfeito que a cópia, Hume conclui que as impressões são
actos originais e que não existem ideias sem na origem estar a impressão
interna ou externa equivalente.
2. 2. Conhecimento de questões de facto e conhecimento de relação de ideias. O primeiro dá-nos a informação sobre o modo como o mundo é, mas o o
conhecimento que daí resulta é contingente e não necessário. As verdades de facto como: "A ponte 25
de Abril situa-se em Lisboa" podem ser negadas sem que esta negação implique contradição, pois poderia ser de outro modo, não repugna racionalmente que a Ponte não estivesse em Lisboa, essa proposição faz sentido e poderia ainda ser pensada. Assim, todos os conhecimentos de facto que são justificados pela
experiência, não são verdades necessárias, ora todas as verdades contingentes são apenas provavelmente verdadeiras. O segundo conhecimento não nos
acrescenta nova informação àquela que já está contida nos conceitos ou ideias, por exemplo; " O quadrado tem quatro lados",
porque se é um quadrado tem de ter quatro lados, isto é, o predicado faz parte
da definição do conceito. Por outro lado este conhecimento é necessário, é
sempre verdadeiro e o seu contrário implica uma contradição, é impossível
pensar o seu contrário, isto é não tem sentido um quadrado ter mais ou menos
que quatro lados.
3. 3.Não podemos justificar de forma infalível o nosso conhecimento do mundo, porque não podemos justificar nem racional nem empiricamente os dois processos através dos quais obtemos conhecimento. A indução e a relação de causa efeito.Quanto à indução ela não pode ser justificada empiricamente porque o facto de pensarmos que são verdadeiras as nossas generalizações deve-se ao facto de termos concluído já por generalização que a natureza é uniforme e que funciona sempre do mesmo modo. Isto é circular. Por outro lado, é devido à percepção da repetição de
certos fenómenos que se sucedem em contiguidade no tempo e no espaço que
estabelecemos uma relação entre eles e pensamos poder prever que sempre que um
acontece o outro também acontecerá. Esta forte crença de uma conexão necessária
entre dois fenómenos permite-nos estabelecer uma relação de causa e efeito
entre os dois. Para Hume a justificação não é empírica (pois não existe tal impressão de causa efeito) nem racional, porque um ser dotado de razão e sem experiência não podia estabelecer relações entre fenómenos. A justificação está no costume. Mas o costume não é uma justificação credível pois o que acontece repetidas vezes não nos pode garantir que vai
acontecer sempre. A relação entre dois fenómenos não é lógica mas psicológica,
embora venham repetidas vezes juntos os fenómenos são separados e podem não
acontecer juntos portanto a nossa previsão que sempre que há fumo, há fogo não
é certa, pois não existe uma conexão necessária entre os dois. O argumento é baseado no princípio de que nada podemos saber sem ser através de
impressões sensíveis. Ora a relação de causalidade corresponde á impressão de
vermos dois fenómenos sucederem-se no tempo e em espaços contíguos. Essa
impressão acontece repetidamente, logo criamos uma expectativa e fazemos uma
previsão que irá acontecer também no futuro. Mas essa previsão é apenas baseada
num hábito psicológico. Nada há racionalmente que possa ligar de forma
indissolúvel dois fenómenos. Como a experiência é contingente e a relação
causal necessária, então esta é uma ilusão construída pelo hábito psicológico
sem fundamento racional ou empírico.
4. 4. Hume é um filósofo empirista porque rejeita um conhecimento do mundo
fundado em ideias a priori. Defende a tese de que nada existe na mente que não
tenha passado antes pelos sentidos, que nos possibilitam as impressões sem as
quais as ideias não são possíveis. Fundamenta-se na noção de que qualquer
conceito para ter um significado tem que se referir a uma sensação/impressão,
essas sensações são simples e a mente neste primeiro momento capta apenas as
sensações e depois por memória, e através das operações da mente forma os
conceitos ou ideias, estas não são tão vivas como as sensações ou impressões o
que quer dizer que são posteriores, isto é, vêm a seguir, não são originais. O
empirismo admite ser o conhecimento adquirido por impressões e fundamentado na
experiência sem a qual não é possível nenhum tipo de organização racional, a
experiência é o ponto de partida e critério de verdade, sobre os factos do
mundo. Quanto ao Racionalismo cartesiano como perspectiva filosófica,
fundamenta o conhecimento na razão e na capacidade desta retirar ideias a
partir de outras ideias de forma evidente e dedutiva sem recorrer à experiência
- ideias inatas. O Modelo de conhecimento verdadeiro para os racionalistas é o
modelo matemático porque tem necessidade lógica e validade universal. Descartes
é um filósofo racionalista porque defende a possibilidade de um conhecimento “a
priori”. O critério da verdade do conhecimento é a evidência das ideias, uma
vez que uma ideia é tão clara e distinta que se apresenta inquestionável à
razão, essa ideia é verdadeira. Segundo o modelo matemático estas ideias são
como axiomas que servem como fundamentos para outros conhecimentos deduzidos a
partir delas. O racionalismo considera válido apenas o conhecimento universal e
necessário e defende que este é possível, enquanto o empirismo não pode
fundamentar este tipo de conhecimento a partir dos factos, dos factos só
podemos ter um conhecimento com um certo grau de probabilidade.
1. Não, a afirmação é
falsa, a crença verdadeira não é conhecimento porque podemos ter uma crença
verdadeira por mera sorte ou por intuição, tal como acertar nos números de um
concurso por palpite, ou saber algo por ouvir dizer sem uma forte razão não há
conhecimento porque este não resulta do acaso.
2. baseia-se na ideia de perfeição...
é uma petição de princípio...
é um argumento fundamental para a saída do solipsismo...
3. Teste A,- 3ª Figura, Modo EAE, Inválido, falácia do termo menor. O termo “Animais que
voam” encontra-se distribuído na conclusão e não na premissa onde ocorre.
Infringe a regra dos silogismos que impede que um silogismo válido possa ter um
termo com mais extensão na conclusão do que na premissa onde ocorre.
2. Teste B- Figura 2ª, Modo A,I,I, Inválido, falácia do termo médio não distribuído. O termo médio “Atletas
não se encontra distribuído em nenhuma das premissas onde ocorre o que viola a
regra dos silogismos que obriga a que um silogismo para ser válido tenha que
ter o termo médio distribuído pelo menos uma vez.
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