terça-feira, 26 de março de 2019

Correcção do exercício de revisões.


Tema: O conhecimento científico.

1. Falso.( A linguagem não é a única característica que distingue o senso comum do conhecimento científico, há outras como o método, o sistema, a crítica, a evolução)
2. Verdadeiro.
3. Verdadeiro.
4. Verdadeiro.
5. Verdadeiro.
6. Falso. (O "defeito" do critério de verificabilidade é que não serve para descrever uma lei científica. Como uma lei é universal é impossível verificar empiricamente todos os casos)
7. Falso. (A experiência é limitada logo, não podemos verificar empiricamente uma afirmação universal)
8. Demarcação.
9. Falso. (A Psicanálise não é uma ciência mas uma pseudociência).
10. Verdadeiro.
11. Falso. ( A investigação científica começa com um facto problema a partir do qual se coloca uma hipótese de explicação da qual se deduzem consequências empíricas que irão ser testadas)
12. Falso. (O método indutivo parte da observação de casos particulares , dos quais se retira um padrão comum que depois se generaliza para todos. Exemplo: Estes cisnes observados são brancos, logo, todos os cisnes são brancos).
13. Verdadeiro.
14. Falso. ( Parte de um facto/problema e de uma hipótese teórica)
15. Verdadeiro.
16. Verdadeiro.
17. Verdadeiro.
18. Verdadeiro.
19. Falso. ( A revolução científica consiste na mudança de paradigma científico por parte da comunidade científica)
20. Verdadeiro.

terça-feira, 19 de março de 2019

Matriz para o teste de 27 de Março de 2019


Pintura contemporânea Mark Rothko

Estrutura:

Prova para 90m
Texto. Referência ao texto.
Quatro perguntas de construção. 4x30 =120 Pontos 
16 perguntas de seleção: Escolha múltipla. 16x5=80 Pontos
Conteúdos/Competências específicas: 
1. Relacionar e distinguir a ciência e senso comum. Aspetos em comum e aspetos distintos.
2. Explicar em que consiste o método indutivo e o método hipotético e/ou dedutivo.
3. Expor as objeões de Karl Popper ao método indutivo.
4. Enunciar o problema da indução.
5. A proposta da filosofia das ciências de Popper: O falsificacionismo.
a. Esclarecer o significado da proposição: "a ciência progride por conjeturas e refutações"
b. Explicar os dois critérios para demarcar ciência e pseudociência: verificacionismo e falsificacionismo.
c. Identificar os enunciados científicos e não científicos segundo estes dois critérios.
2.b. Distinguir o método falsificacionista do método verificacionista
6. A racionalidade científica. A questão da objetividade.
6.a. Contrastar duas posições (de Popper e Kuhn) sobre a objetividade da ciência.
6.b. Problematizar a evolução contínua ou descontínua da ciência utilizando as teorias de Popper e Kuhn.
6.c. Tomar uma posição crítica em relação ao problema e argumentar a favor de uma das posições.
7.A proposta da filosofia das ciências de  Thomas Kuhn.
7.a. Apresentar os critérios de escolha de uma teoria científica.
7.b. Demonstrar o procedimento habitual da ciência: Paradigma 1; Ciência normal; Enigma; Anomalia; Crise; Ciência Extraordinária; Revolução científica; Paradigma 2
7.c. Justificar a noção de incomensurabilidade dos paradigmas.
7.d. Definir o paradigma e a sua importância na história da ciência.
8. Teorias sobre a Arte.
a.  Compreender as teses e vantagens de cada uma das teorias sobre a Arte: Teoria da Imitação/Representação; Teoria da Expressão; Teoria Formalista ou da Forma significante.
b. Contrapor objecções a cada uma das teorias.
c. Interpretar uma obra segundo um destes critérios.
d. Avaliar, com argumentos, a melhor teoria.

Matéria de Revisões:
Descartes: As etapas do método, a dúvida metódica e as primeiras verdades evidentes. 

Competências Gerais:
Dominar os conhecimentos exigidos.
Compreender as várias regras e aplica-las. de forma correta.
Expor de forma clara e objetiva o pensamento.
Aplicar os conhecimentos adquiridos a novas situações.
Avaliar e identificar os argumentos e teses (conclusão) dos textos.
Justificar com razões fortes as afirmações proferidas.
Escrever corretamente.

 Critérios de correção:
Apresentar os conteúdos considerados relevantes de forma completa
Apresentar esses conteúdos de forma clara, articulada e coerente;
Evidenciar uma utilização adequada da terminologia filosófica;
Evidenciar a interpretação adequada dos documentos apresentados
Evidenciar capacidade de argumentação e de crítica.


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segunda-feira, 18 de março de 2019

quarta-feira, 13 de março de 2019

Texto para resumo Miguel Pop 11D

O que é a arte?
Definir a Arte é uma das questões mais complicadas para a Filosofia. Uma definição absoluta ou de caráter universal da Arte é o que os pensadores da Estética e da Filosofia da Arte vêm tentando desenvolver, porque isso implica, também, numa possível essência da Arte, a qual foi questionada bastante pelo filósofo Immanuel Kant.
A falta dessa definição pode inviabilizar o que pode ser Arte ou não e o que pode ser uma boa Arte ou não. Implicará também quais métodos seguir para ser um artista de fato. É a tentativa de formalizar os trabalhos artísticos.
E se já possui como “costume intelectual” um pensamento que, ao passar do tempo e com a experiência de gerações e mais gerações, a partir de uma definição sobre um determinado objeto de estudo, este vai se tornando mais sólido e mais claro, como um axioma à lá cartesiano, no sentido de que seria um instrumento que bem manejado levaria o homem à verdade ou, pelo menos, à aceitação de um conceito universal, na Arte isso tudo se inverte, pois uma teoria realmente aceitável sobre ela demonstra estar cada vez mais longe se comparando no tempo de Platão. A cada momento, a cada movimento artístico, novas teorias são criadas e se distanciam do que se esperava ser a Arte.
Seguindo essa lógica, não é fácil encontrar uma teoria correta da Arte, como se fosse encontrar uma teoria correta da Física, como a Relatividade de Albert Einstein. Não que a Relatividade seja fácil de ser encontrada, mas que ao passar do tempo ela se solidifica, se complementa com novos estudos ou persiste por muito tempo antes de ser derrubada por outra conjectura, o que não acontece normalmente no mundo artístico, pois sempre há insuficiência das teorias neste mundo.
Porém, essa toda dificuldade de definir a arte é devido ao uso de uma lógica predominantemente ocidental. Weitz (1956, p.2) diz que “a arte, tal como a lógica do conceito mostra, não tem nenhum conjunto de propriedades necessárias e suficientes; logo, uma teoria acerca dela é logicamente impossível e não apenas factualmente impossível”. Ou seja, a lógica predominante, a razão ocidental, não pode criticar a arte diretamente, pois a sua linguagem é conceitual e a linguagem artística não é conceitual. A experiência artística é transgressiva com a linguagem conceitual, onde esta linguagem é característica da lógica formal ou da razão dominante ocidental.
Weitz (1956, p.2) diz que “a teoria estética -- toda ela -- está errada em princípio ao pensar que uma teoria correta é possível uma vez que adultera radicalmente a lógica do conceito de arte. É falsa a sua principal contenda de que a 'arte' é susceptível de uma definição real ou de outro tipo de definição verdadeira”.
A arte, tal como a lógica do conceito mostra, não tem nenhum conjunto de propriedades necessárias e suficientes; logo, uma teoria acerca dela é logicamente impossível e não apenas factualmente impossível.

quarta-feira, 6 de março de 2019

domingo, 3 de março de 2019

TEXTO PARA RESUMO - Kevin Romero - 11D

Thomas Kuhn e Che Guevara

[...A] «ciência normal» refere-se à investigação firmemente baseada numa ou mais realizações científicas passadas, realizações essas que uma certa comunidade científica reconhece por um tempo como base do trabalho que realiza. Essas realizações aparecem hoje em dia descritas nos manuais científicos, sejam eles elementares ou avançados, embora raramente na sua forma original. Estes manuais expõem o corpo teórico aceite, exemplificam muitas ou todas as suas aplicações bem-sucedidas e comparam estas aplicações com observações e experiências científicas exemplares. Antes de estes livros se tornarem populares no início do século XIX (e mais recentemente nas ciências que atingiram a maturidade mais tarde), muitos dos clássicos famosos da ciência desempenhavam uma função semelhante. A Física de Aristótles, o Almagesto de Ptolomeu, os Principia e a Óptica de Newton, a Electricidade de Franklin, a Química de Lavoisier e a Geologia de Lyell – estas e muitas outras obras serviram durante um tempo para definir implicitamente os problemas e métodos legítimos dentro de um campo de pesquisa para as gerações subsequentes de investigadores. Estas obras desempenharam este papel porque tinham em comum duas características essenciais. A realização científica que representavam era suficientemente inovadora para atrair um grupo de aderentes estável, afastando-os de formas rivais de actividade científica. Simultaneamente, eram de tal modo indefinidas que uma grande variedade de problemas eram deixados em aberto, ficando o grupo de investigadores que entretanto se reorganizara com a tarefa de procurar resolvê-los. 

Referir-me-ei daqui em diante às realizações científicas que partilham estas duas características como «paradigmas», um termo muito próximo de «ciência normal». Ao escolhê-lo, quis sugerir que alguns exemplos aceites de prática científica concreta – exemplos que reúnem leis, teorias, aplicações e instrumentos – fornecem modelos que dão lugar a uma determinada tradição de investigação científica coerente. Falo das tradições que os historiadores descrevem sob rubricas como «astronomia ptolomaica» (ou «coperniciana»), «dinâmica aristotélica» (ou «newtoniana»), «óptica corpuscular» (ou «óptica ondulatória»), e assim por diante. O estudo dos paradigmas, incluindo muitos que são bastante menos especializados do que aqueles a que me referi acima, é aquilo que prepara fundamentalmente o estudante para se tornar membro da comunidade científica no seio da qual exercerá a sua prática. Pelo facto de se associar a homens que aprenderam as bases do seu campo de trabalho com os mesmos modelos, a sua prática subsequente dificilmente suscitará discordância aberta sobre questões fundamentais. Os homens cuja investigação se baseia em paradigmas partilhados empenham-se em seguir as mesmas regras e critérios de prática científica. Esse comprometimento e o consenso aparente que ele produz são requisitos da ciência normal, isto é, do nascimento e continuação de uma determinada tradição de estudo científico. 

Thomas S. Khun, A estrutura das revoluções científicas (Lisboa, Guerra e Paz, 2009), pp. 31-32.

Arte como expressão

Caverna de Chauvet, arte pré-histórica com 36.000 anos

(...) É antes de mais, necessário deixar de considerar (a arte) um meio para o prazer e considerá-la uma das condições da vida humana. Vista deste modo, é impossível deixar de reparar que a arte é um dos meios das pessoas se relacionarem.

Toda a arte faz aquele que a aprecia entrar num certo tipo de relação, quer com aquele que a produziu ou está produzindo, quer com todos aqueles que simultânea, prévia ou posteriormente, recebem a mesma impressão artística.

Tal como as palavras, que ao transmitir pensamentos e experiências das pessoas, servem como um meio de união entre elas, também a arte atua de forma semelhante. A particularidade desta última forma de relacionamento, e que a distingue do tipo de relacionamento por meio de palavras, consiste nisto: enquanto por meio de palavras uma pessoa transmite a outra os seus pensamentos, pela arte transmite as suas emoções.
(...)
A arte é uma atividade humana que consiste nisto: em uma pessoa conscientemente, por intermédio de certos sinais externos, levar a outras pessoas a sentimentos de que teve experiência e que estas sejam contagiadas por tais sentimentos e deles também tenham experiência.
A arte não é, como os metafísicos dizem, a manifestação de alguma ideia misteriosa de belo ou de Deus ; não é, como os psicólogos estéticos dizem, um jogo que serve para descarregar o excesso de energia acumulada; não é apenas a expressão das emoções de uma pessoa através de sinais externos; não é a produção de objetos que agradem; e acima de tudo, não é prazer; mas é um meio de união entre pessoas, unindo-as nos mesmo sentimentos, indispensável à vida e ao progresso em direção ao bem-estar dos indivíduos e da humanidade. (…)
Os sentimentos com que o artista contagia os outros podem ser os mais variados -muito fortes ou muito fracos, muito importantes ou muito insignificantes, muito maus ou muito bons: sentimentos de amor pelo seu próprio país, de entrega e submissão ao destino ou a Deus expressos numa peça dramática, arrebatamentos de amantes descritos numa novela, sentimentos de volúpia expressos num quadro, coragem expressa numa marcha triunfal, felicidade evocada numa dança, humor evocado numa história divertida, o sentimento de serenidade transmitido por uma paisagem ou por uma canção de embalar, ou o sentimento de admiração evocado por um belo arabesco - tudo isso é arte.
Desde que os espectadores ou ouvintes sejam contagiados pelos mesmos sentimentos que o autor sentiu, há arte."

Leão Tolstoi, O que é a Arte.Leão Tolstoi, O que é a arte?
Tradução de Aires de Almeida