Grupo I
1, Para Kuhn as teorias científicas funcionam como paradigmas, segundo o texto, as mudanças de Paradigma não aproximam os cientistas da verdade pois os paradigmas são entre si tão diferentes, com novos fenómenos a explicar e uma nova forma de ver o mundo, de modo que não há uma evolução contínua no sentido do paradigma novo estar mais próximo da verdade que o antigo. Cada Paradigma traz consigo uma visão do mundo e certos métodos de trabalho, assim
como princípios metodológicos e metafísicos novos. Os cientistas ao aceitarem uma
teoria como um novo paradigma científico trabalham no sentido de ampliar os seus resultados e
confirmar as suas previsões. A comunidade científica trabalha no âmbito dos
paradigmas e não os põe em causa, mesmo que surjam anomalias. O processo de
desenvolvimento da Ciência começa com a instituição de um Paradigma e o
trabalho científico visa tornar mais consistente e abrangente esse paradigma
resolvendo os enigmas que este vai colocando à medida que vai sendo alargado na
explicação de outros fenómenos. Este período de resolução de enigmas
caracteriza-se por ser acrítico, pois não há disposição para pôr em causa as
metodologias de trabalho que foram aceites. Kuhn chama-lhe um Período de Ciência Normal. Com o desenvolvimento
teórico e prático do Paradigma vão surgindo anomalias que se vão acumulando até
pôr em causa a actividade que está a ser feita, entra-se numa crise em que a
descrença em relação ao modelo seguido leva ao seu abandono e surgem novas teorias concorrentes que explicam as anomalias anteriormente
irresolúveis.. Neste período, denominado Ciência Extraordinária, a comunidade
científica tem de escolher uma teoria que pela sua abrangência, simplicidade,
precisão, consistência e fecundidade, assim como o prestígio do cientista que a
apresenta, possa ser unificadora da comunidade e possa constituir um novo
Paradigma. Quando isso acontece dá-se uma revolução científica, isto é: a substituição
de um Paradigma por outro.2. O método indutivo, descrito no texto como principiando pela observação, consiste na generalização teórica a partir de dados observacionais, retirando dos factos singulares repetições e constantes que são comuns a todos os factos observados e que permitem a elaboração de leis válidas para todos os casos semelhantes. Assim o procedimento consiste em recolher dados, retirar uma hipótese que possa ser testada e confirmada pela experiência e depois generalizar e fazer previsões. Popper coloca objeções à validade deste método, embora ele seja um procedimento comum a algumas ciências como a Biologia. Este problema ficou conhecido como o problema da indução. Consiste em demonstrar que a crença na indução não está justificada porque ultrapassa a experiência e a razão, isto é, não pode ser justificada nem empiricamente nem racionalmente. Acreditamos que a natureza é uniforme e, por isso acreditamos que aquilo que aconteceu de uma determinada maneira irá acontecer do mesmo modo no futuro. Esse é o pressuposto que garante as nossas generalizações futuras, mas esse pressuposto já resulta ele próprio de uma generalização e de uma previsão, isto é, aquilo que garante a validade de uma indução é conseguido através da indução, utiliza-se o mesmo processo para validar algo que devia ser validado por um outro conhecimento onde se pudesse fundar. Há assim um raciocínio falacioso, uma petição de princípio.
A teoria epistemológica de Popper ultrapassa o indutivismo da
ciência ao propor um novo método: o falsificacionismo. O
falsificacionismo é, simultaneamente, um critério de demarcação científica,
isto é, um critério para separar conhecimento científico e não científico; e,
por outro lado, uma nova forma de compreender a metodologia das ciências
propondo como realmente científica uma metodologia hipotética e
dedutiva e não indutiva. O método hipotético-dedutivo privilegia a criatividade
intelectual e a colocação dos problemas e das hipóteses assim como a dedução a
partir destas, de consequências observáveis. Ultrapassa o problema do
método indutivo que não pode justificar as leis da natureza, e que é por si um
problema visto que carece de fundamento racional.
3.
3. Para Kuhn não há verdadeiro progresso
ou evolução porque os paradigmas que se vão sucedendo são incomensuráveis, isto
é, não podem ser comparados porque apresentam diferentes formas de trabalhar,
de seleccionar fenómenos e novos princípios metafísicos.
Há, portanto, na evolução da ciência, cortes abruptos que
correspondem a revoluções científicas, de mudanças de paradigma. As revoluções
científicas sucedem-se a períodos criativos em que há teorias diferentes e a
comunidade científica não forma consenso acerca de nenhuma delas. A escolha de
uma teoria pela comunidade científica equivale a um acordo sobre a forma
proposta de explicar os fenómenos. Uma vez acordado, ele torna-se exemplar e
guia a comunidade para um desenvolvimento desta concepção dando origem a um
novo paradigma e a uma nova fase de ciência normal. Todavia não há
objectividade na escolha dos Paradigmas visto que este consenso é muitas vezes
impossível e a escolha é influenciada por factores externos aos critérios
objectivos.
Para Popper, a ciência evolui no sentido de uma aproximação à
verdade na medida em que se faz eliminando os erros das teorias e
substituindo-as por outras mais abrangentes e consistentes com os factos
observados. Visto que a ciência se faz num processo racional de conjecturas e
refutações em que o papel da subjectividade tende a diminuir pois o cientista
trabalha no sentido de fazer previsões arriscadas de modo a testar de os
limites de cada teoria. Embora não haja qualquer espécie de certezas pois o
progresso científico é um sistema em aberto e nenhuma teoria é verdadeira mas
apenas provisoriamente corroborada. A substituição de uma teoria por outra é um
processo de selecção em que
as novas teoria aperfeiçoam as antigas na medida em que não cometem os mesmos
erros da anterior, explicam os fenómenos das anteriores e ainda explicam novos
fenómenos. Daí haver continuidade na evolução científica.
Grupo II
1. A tese empirista de D. Hume sobre a conexão causal é a seguinte:
- Não há nenhuma impressão de conexão causal; ora se não há impressão também não pode haver ideia, visto que, segundo o empirismo não há ideias sem impressões sensíveis.
- A impressão que temos é da repetição de fenómenos em sucessão no tempo e contiguidade no espaço: “O mesmo objecto é seguido pelo mesmo evento”. Esta repetição de um fenómeno a seguir ao outro leva-nos a estabelecer a crença de que estes andam sempre ligados, isto é, se sucede um, logo a seguir tem de suceder outro.
- Esta crença a que chamamos relação de causa efeito ou conexão causal não está justificada nem empiricamente nem racionalmente, porque “ não há nada que produza qualquer impressão, e consequentemente nada que possa sugerir qualquer ideia de poder ou conexão necessária”, o que temos a impressão é de fenómenos singulares, isolados embora sucedendo-se uns aos outros; logo não há conhecimento mas um hábito psicológico que é criado pela sucessiva repetição dos fenómenos que se apresentam ligados. Se o conhecimento de causa efeito tem a sua origem na experiência e de modo nenhum é “apriori” (argumento do ser racional que nada soubesse do mundo, jamais poderia ter a noção de causa efeito) então é um conhecimento de facto e é contingente, todavia julgamos e pensamos como se houvesse uma conexão necessária e, portanto ultrapassamos a experiência.
- Logo, para concluir não uma explicação empírica para uma conexão necessária, ela é apenas fruto do costume, um hábito psicológico.
Grupo III
Versão A
1 -D ; 2- A; 3-D; 4-B; 5-D; 6-A; 7-B; 8-B; 9-A; 10-B; 11-A; 12-B.
Versão B
1-B; 2- D; 3-A; 4-D; 5-B; 6-D; 7-A; 8-B; 9-B; 10-A; 11-B; 12-A.
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