segunda-feira, 3 de março de 2025

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Matriz para o 3º teste de 14 de março

 

Conteúdos:



1.            Estatuto do Conhecimento Científico

 

1.1. Conhecimento Vulgar e Conhecimento Científico;

 

1.2. Ciência e Construção - validade e verificabilidade das hipóteses;

 

            1.2.1. O método científico: método indutivo e método hipotético-dedutivo;

            1.2.2. A crítica de Popper ao método indutivo;

            1.2.3. O problema da demarcação - a crítica de Popper ao critério de verificabilidade. 

O critério de falsificabilidade.

            1.2.4. O método das Conjeturas e Refutações;

 

1.3. A Racionalidade científica e a Questão da Objetividade.

 

            1.3.1. O problema da evolução da ciência e da objetividade do conhecimento: 

as perspetivas de Popper e Kuhn;

            1.3.2. A perspetiva de Popper - eliminação do erro e seleção das teorias mais aptas; 

progresso do conhecimento e aproximação à verdade;

            1.3.3. A perspetiva de Kuhn - ciência normal e ciência extraordinária; revolução científica; 

a tese da incomensurabilidade dos paradigmas; a escolha de teorias;

            1.3.4. Relação entre as perspetivas de Kuhn e Popper acerca da evolução e objetividade do conhecimento científico - continuidade e descontinuidade.

1.3.5. Críticas às teorias de Popper e Kuhn;

1.3.6 Críticas às teorias tendo em conta a prática científica;

 

Competências gerais:



·                     Analisar um texto;

·                     Definir rigorosamente os conceitos;

·                     Argumentar de modo claro;

·                     Mobilizar conhecimentos adequados.

 

Competências específicas:



·                     Distinguir entre senso comum e conhecimento científico;

·                     Contrapor as posições de Popper e Bachelard acerca da relação entre senso comum e conhecimento científico;

·                     Identificar o método indutivo e o método hipotético-dedutivo a partir de exemplos;

·                     Criticar o critério de verificabilidade de acordo com a teoria de Popper;

·                     Criticar o método indutivo de acordo com Popper;

·                     Explicar o critério falsificacionista como critério de demarcação;

·                     Compreender o método de Conjeturas e Refutações;

·                     Explicitar a perspetiva de Popper sobre a evolução e objetividade da ciência;

·                     Caracterizar etapas do desenvolvimento da ciência de acordo com Kuhn;

·                     Definir os conceitos: paradigma; ciência normal; ciência extraordinária; incomensurabilidade;

·                     Explicitar a perspetiva de Kuhn sobre a evolução e objetividade da ciência;

·                     Identificar as críticas às teorias de Popper e Kuhn;

·                     Contextualizar as críticas às teorias tendo em conta a prática científica

·                     Relacionar as teorias de Popper e Kuhn acerca da evolução e objetividade da ciência.

·                     Fundamentar uma posição sobre as teorias estudadas.

 

Estrutura do teste:

 

1. Dez perguntas de escolha múltipla; (10x15 Pontos)

2. Duas de perguntas de conceitos com resposta curta. (2x25)

Argumentação e Problematização: 200 Pontos

1. Análise lógica do texto (40) + 5

 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Texto para resumo Leonardo 11C

Pode (...) perguntar-se como é que eu, um filósofo, podia envolver-me em assuntos tratados por cientistas. A melhor maneira de responder a isto é fazendo uma outra pergunta: estamos no domínio da ciência ou da filosofia? Quando estudamos a interacção entre dois corpos físicos, por exemplo, entre duas partículas subatómicas, estamos no domínio da ciência; quando perguntamos como podem essas partículas subatómicas – ou qualquer coisa física – existir, e porque é que elas existem, estamos no domínio da filosofia. Quando retiramos conclusões filosóficas a partir de dados científicos, estamos a pensar como filósofos.

Em 2004 afirmei que a origem da vida não pode ser explicada apenas a partir da matéria. Os meus críticos responderam anunciando triunfalmente que eu não tinha lido um certo artigo aparecido numa revista científica ou que não estava a par dos últimos desenvolvimentos da abiogénese (a geração espontânea de vida a partir de matéria inanimada). Com estas críticas, mostravam não entender o que estava em causa. Eu não estava preocupado com este ou com aquele facto da química ou da genética, mas com a questão fundamental do que significa dizer que algo possui vida e da relação que isso tem com o conjunto dos factos químicos e genéticos considerados como um todo. Pensar a este nível é pensar como filósofo. E, correndo o risco de parecer imodesto, não posso deixar de dizer que este é trabalho para filósofos e não para cientistas enquanto tal. As aptidões específicas dos cientistas não lhes conferem qualquer vantagem quando se trata de pensar sobre esta questão, tal como uma estrela do basebol não tem especial competência para determinar os benefícios para os dentes de uma determinada pasta dentífrica.

É claro que os cientistas, tal como qualquer outra pessoa, são livres de pensar como filósofos. E é também claro que nem todos os cientistas concordarão com a minha interpretação particular dos factos por eles postos à nossa disposição. Mas as suas divergências têm de se erguer sobre pés filosóficos. Por outras palavras, os cientistas têm de perceber que a autoridade ou capacidade científicas não têm qualquer relevância na análise filosófica. Isto não será difícil de perceber. Se expuserem as suas opiniões sobre a economia da ciência, elaborando por exemplo teorias sobre o número de empregos criados no âmbito da ciência e da tecnologia, terão de apresentar os seus argumentos diante do tribunal da análise económica. Do mesmo modo, um cientista que fala como filósofo terá de apresentar argumentos filosóficos. Como disse o próprio Einstein: «O homem de ciência é um fraco filósofo».



Antony Flew, Deus Existe. Tradução Carlos Marques.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Texto para resumo Santiago 11C


 A epistemologia, como explicámos, concentra-se no problema da justificação. Mas há um segundo centro de interesse no conhecimento. Está bem quem possui uma crença justificada. Contudo, a justificação dá-se em graus, assim como nosso estatuto epistémico (determinado por quão bem nos estamos a sair). O estatuto principal é o conhecimento. Quem sabe que p não poderia estar a sair-se melhor (pelo menos em relação a p). Há um interesse natural neste estatuto principal. E levantam-se duas questões fundamentais: qual é o máximo que podemos almejar, e em que áreas o obtemos? As tentativas tradicionais de definir o conhecimento concentram-se no primeiro caso, e dividem-se em duas famílias principais. A primeira tenta ver o conhecimento como uma forma mais inteligente de crença; a forma mais conhecida desta perspetiva é a «definição tripartida», que entende o conhecimento como 1) crença simultaneamente 2) justificada e 3) verdadeira. A segunda família desta perspetiva entende que o conhecimento começa onde se abandona a crença. A versão de Platão desta perspetiva supunha que a crença está voltada para a mudança (especialmente o mundo material), e o conhecimento, para o imutável (por exemplo, a matemática). Outras versões poderiam sugerir que temos capacidade para obter conhecimento a partir do que nos cerca, mas somente quando algo físico se apresenta diretamente à mente. Assim, o conhecimento é uma relação direta, enquanto a crença é concebida como uma relação indireta com algo em que se acredita.

A segunda questão sobre o conhecimento, a saber, em que áreas o podemos obter, conduz à distinção entre global e local. Em algumas áreas, por assim dizer, o conhecimento é acessível, e noutras não — ou ao menos não é tão livremente acessível. É comum ouvir as pessoas dizerem que não temos nenhum conhecimento do futuro, de Deus, ou do bem e do mal, ao mesmo tempo que se permite que haja ao menos algum conhecimento científico e algum conhecimento do passado (na memória). Similarmente, discutindo a justificação da crença, podemos dizer que as nossas crenças sobre o que se encontra agora à nossa volta estão em solo firme, tão firme quanto aquele que apoia as nossas convicções teóricas centrais (ainda que razoavelmente distintas) no domínio da ciência, enquanto nossas crenças sobre Deus e sobre o futuro são intrinsecamente bem menos fundamentadas.

Problemas da epistemologia
Jonathan Dancy, Universidade de Reading

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Texto para resumo Rafael 11C


George Bishop olhou atentamente para a tigela de laranjas à sua frente e depois pensou no ar. Ele começou fazendo uma distinção óbvia entre as características das laranjas que são meras aparências e as propriedades que elas realmente possuem. A cor, por exemplo, é uma mera aparência: sabemos que os daltônicos, ou animais com fisiologias diferentes, veem algo muito diferente da experiência humana normal do ‘laranja’. Os sabores e o cheiro também são meras aparências, pois também variam de acordo com quem ou o que está percebendo a fruta, enquanto a fruta em si permanece a mesma. Mas quando ele começou a eliminar as “meras aparências” das frutas, ele se viu abandonado. com muito pouco. Ele poderia ao menos falar sobre o tamanho e a forma reais dos frutos, quando essas características parecem depender de como seus sentidos de visão e tato os percebem? Para imaginar verdadeiramente a fruta em si, independente das meras aparências da perceção sensorial, ele ficou com a vaga ideia de algo, não sabia o quê. Então, qual é o verdadeiro fruto: esse 'algo' diáfano ou a coleção de meras aparências, afinal de contas.

 

The Principles of Human Knowledge, de George Berkeley (1710).

 

Não é preciso muita reflexão para abrir a distinção entre aparências e realidade? Quando crianças, somos “realistas ingénuos”, presumindo que o mundo é exatamente como parece. À medida que crescemos, aprendemos a distinguir entre a forma como as coisas aparecem aos nossos sentidos e a forma como realmente são. Algumas delas – como a diferença entre coisas que são genuinamente pequenas e aquelas que estão meramente distantes – são tão óbvias que dificilmente são comentadas. Outras, como a forma como o sabor ou a cor de uma coisa varia de acordo com quem percebe, sabemos, embora na vida quotidiana o ignoremos ou esqueçamos.

 

À medida que desenvolvemos uma compreensão científica básica do mundo, provavelmente passamos a ver essa diferença em termos da estrutura atómica subjacente dos objetos e da estrutura atômica subjacente. maneira como eles aparecem para nós. Podemos estar vagamente conscientes de que esta própria estrutura atómica é explicada em termos de estrutura subatómica, mas não precisamos de nos preocupar com os detalhes da nossa melhor ciência atual. Tudo o que precisamos de saber é que a forma como as coisas aparecem é uma função da interação entre os nossos sentidos e a forma como elas realmente são. Tudo isto é pouco mais do que um senso comum maduro, mas é um senso comum que encobre alguns detalhes importantes.

 

A realidade foi distinguida das aparências, mas não temos uma ideia clara do que é esta realidade. Não tem problema, podemos pensar. A divisão intelectual do trabalho significa que deixámos esta tarefa para os cientistas. Não será verdade, porém, que os cientistas estão tão envolvidos no mundo das aparências como nós? Eles também estudam o que é apresentado aos nossos cinco sentidos. O facto de possuírem instrumentos que lhes permitem examinar o que não é visível a olho nu é uma pista falsa. Quando olho através de um telescópio ou microscópio, fico tão preso ao mundo das aparências quanto quando vejo sem ajuda. Os cientistas não olham para além do mundo das aparências; estão apenas a olhar para esse mundo mais de perto do que normalmente fazemos. Este é um problema filosófico e não científico. Parecemos compreender a diferença entre o mundo das aparências e o mundo tal como ele é, mas parece impossível ir além das aparências e ver este mundo “real”. Quando entendemos que a lua está longe, não é pequena, ou que o bastão na água não está dobrado, não estamos indo além das aparências, estamos apenas aprendendo como algumas aparências são mais enganosas que outras. Isso nos deixa com um dilema. Continuamos comprometidos com a ideia de um mundo além das aparências e aceitamos que não temos ideia do que é este mundo e nem conseguimos imaginar como poderemos conhecê-lo? Ou desistimos da ideia e aceitamos que o único mundo em que podemos viver e conhecer é, afinal, o mundo das aparências.

 

Julian Baggini, The pig that wants to be eaten.

 

 


Trabalhos

 https://www.youtube.com/watch?v=Yngz5mkYu10

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Matriz para o teste de janeiro de 2025

 


Este elemento de avaliação é composto por dois testes, cada um é avaliado de 0 a 20 valores.

Cada teste avalia competências diferentes: 

  • O primeiro teste avalia a competência do domínio dos conceitos.
  • A competência da Conceptualização que vale 30% na avaliação final.
  • O segundo teste destina-se a avaliar as competências de Problematização e Argumentação que valem 45% na avaliação final.

1.    ESTRUTURA E COTAÇÕES:


TESTE 1 - CONCEPTUALIZAR 

Grupo I

10 perguntas de escolha múltipla - 10x15= 150 Pontos

Grupo II

Esclarecer conceitos:

2x25 = 50 Pontos

TOTAL - 200 Pontos 

TESTE 2 - ARGUMENTAR/PROBLEMATIZAR

As perguntas colocadas implicam desenvolvimento/explicação/justificação

Questão 1 - 35

Questão 2 - 40

Questão 3 - 35

Questão 4 - 50

Questão 5 -2x20 

TOTAL = 200 Pontos)

 

2.     CONTEÚDOS

 Conhecimento e Racionalidade Científica e Tecnológica.

1.      Análise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento.

1.1. O problema da origem do conhecimento: O Racionalismo – R. Descartes

1.2. A unidade de todo o conhecimento/ciência

1.3. A dúvida metódica.

1.4. Argumentos para duvidar.
1.5. As ideias verdadeiras/crenças básicas: cogito/dualismo corpo e alma e Deus. 

1.6. As substâncias do mundo/substância extensa/pensante e divina.  

1.6.  As ideias inatas, adventícias e factícias.
1.7. Deus como saída do solipsismo e garantia da verdade das ideias claras e distintas.

1.8. As provas da existência de Deus. 

1.9. Fundacionalismo racionalista. A autojustificação do cogito.

1.10. Críticas à filosofia cartesiana.

 

2. O Empirismo de  D. Hume
2.1. Conteúdos da mente - Impressões e ideias
2.2. Questões de facto e relação de ideias

2.3. O problema da possibilidade do conhecimento.

2.4. O problema da causalidade. 

2.5. O problema da indução.

2.4. O Ceticismo moderado. 

3. Comparação entre estas duas teorias do conhecimento: O racionalismo e o empirismo

4. Análise crítica ao racionalismo cartesiano e ao empirismo de Hume.

     

 COMPETÊNCIAS GERAIS:

1. Analisar corretamente os textos filosóficos.

3. Justificar com pertinência e bons argumentos as suas posições.

4. Dominar os argumentos dos filósofos com segurança.

5. Articular com clareza as ideias expostas.

6. Formular de forma clara os problemas.

7. Explicar corretamente os problemas colocados pelos filósofos. 

8. Saber problematizar as teorias dadas colocando-lhe objeções,

9. Comentar corretamente as frases.

10. Comparar as teorias filosóficas.

11. Criticar as teorias com bons argumentos.

12. Distinguir teorias.

13. Esclarecer conceitos.

14. Escrever com correção.