terça-feira, 28 de maio de 2019

Correção do teste


1.O padrão que emerge da história da ciência é constituído por teorias científicas que funcionam como paradigmas, isto é trazem consigo uma visão do mundo e certos métodos de trabalho, assim como princípios metodológicos e metafísicos. Os cientistas ao aceitarem uma teoria como um novo paradigma científico trabalham no sentido de ampliar os seus resultados e confirmar as suas previsões. A comunidade científica trabalha no âmbito dos paradigmas e não os põe em causa, mesmo que surjam anomalias. O processo de desenvolvimento da Ciência começa com a instituição de um Paradigma e o trabalho científico visa tornar mais consistente e abrangente esse paradigma resolvendo os enigmas que este vai colocando à medida que vai sendo alargado na explicação de outros fenómenos. Este período de resolução de enigmas caracteriza-se por ser acrítico, pois não há disposição para pôr em causa as metodologias de trabalho que foram aceites, assim como os princípios e a validade das teorias, Kuhn chama-lhe um Período de Ciência Normal. Este padrão repete-se na história, e os paradigmas só são substituídos por outros diferentes após um período de crise e ciência extraordinária. Contrariamente a Popper que considera que os cientistas tentam refutar as suas teorias com teste empíricos, Kuhn afirma que normalmente o que os cientistas fazem é aceitar as teorias e alargá-las resolvendo os seus enigmas, o seu trabalho não é a refutação e a crítica mas a consolidação das teorias que aceitam como paradigmas da investigação; há, portanto, um processo pouco crítico e, mais acomodado.

2. os juízos sobre a arte não são universais porque não há um conceito claro sobre o que é a arte. Há, pelo contrário vários conceitos de arte: arte como imitação ou representação, a arte como expressão e como forma significante. Se avaliarmos este quadro de acordo com estes conceitos de arte podemos dizer que ele parece satisfazer os critérios de cada conceito. Isto é, é uma obra feita pelo homem, um artefacto, não é natural nem espontânea, representa uma série de homens numa jangada no mar, náufragos e podemos ver que os corpos estão bem representados, correspondem a algo que podemos identificar. Por outro lado, este quadro demonstra os sentimentos do artista, o desespero pela condição da morte e a esperança de uma ajuda que os salve do sofrimento, poderíamos dizer que há sentimento no quadro, corresponderia então a uma obra de arte visto que nos transmite os sentimentos do artista. Por último vemos que é tecnicamente bem feito, que tem equilíbrio e beleza capaz de nos provocar uma emoção estética e sendo assim, poderemos concluir que é uma obra de arte porque satisfaz todas as exigências que o conceito de arte, tendo em conta as várias teorias, coloca.

3. O argumento ontológico é, a grosso modo, o argumento de que Deus, sendo que do qual nada maior pode ser concebido, deve existir, pois se Ele não existisse, então seria possível conceber um Deus existente, que seria maior do que o de que não mais pode ser concebido, o que é absurdo. O mais antigo crítico do argumento ontológico foi o contemporâneo de Anselmo, o monge Gaunilo . Gaunilo não identificou qualquer falha específica com o argumento, mas argumentou que deve haver algo errado com ele, porque se não houver então podemos usar a sua lógica de provar coisas que não temos razão para acreditar que seja verdade.
Por exemplo, Gaunilo argumentou que era possível construir um argumento com exatamente a mesma forma que o argumento ontológico, que se propõe a provar a existência da ilha perfeita: a ilha perfeita deve existir, pois se não, então seria possível conceber uma ilha maior do que a ilha do qual nada maior pode ser concebido, o que é absurdo.
Se o argumento ontológico funciona, então, de acordo com Gaunilo, o argumento para a existência da ilha perfeita funciona também.

4. O argumento da causa (ou da causa primeira, como às vezes também é designado) pode ser enunciado da seguinte forma:
Tudo o que acontece tem uma causa ou agente activo e esta causa ou agente também tem uma causa. Contudo, não pode haver uma regressão infinita nas cadeias de causas. Porque se não houvesse uma causa primeira, não existiriam causas subsequentes e, portanto, também não existiriam nenhuns dos efeitos actualmente existentes. Assim, as cadeias de causas e efeitos causados implicam uma causa primeira ou uma causa que não seja causada por nada, isto é, Deus. Há várias objeções a este argumento. Primeira; Porque tem de haver uma causa fora do mundo porque não existe uma cadeia infinita de causas sendo o mundo sempre existente?
Nada no argumento prova que a primeira causa é um Deus sumamente bom, dado o estado do mundo poderia ser um Deus malévolo.
Por último o argumento auto refuta-se porque diz que tudo tem uma causa e que nada se causa a si próprio e ao mesmo tempo afirma que Deus não tem uma causa, que é causa de si próprio.


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