domingo, 7 de março de 2010

Correcção do teste de 22 de Fevereiro 2010



1. O sentido deste texto centra-se na descoberta, por parte de Descartes, de uma certeza absoluta do seu pensamento e também sobre os seus futuros conhecimentos: essa certeza resulta da dúvida sistemática sobre todas as suas crenças, e resume-se na ideia de que se duvido é necessário que pense, há algo que dúvida, esse algo existe e é o pensamento. A ideia do cogito “ Penso, logo existo” surge com clareza e distinção de modo a ser de tal modo evidente que o pensamento só a poderia considerar verdadeira, pois não poderia ser de outro modo. Descartes compreende com o Cogito que a verdade é um acordo da razão com uma determinada ideia do pensamento, e só a razão é juiz do conhecimento e pode distinguir o verdadeiro do falso. Compreende ainda através do cogito que o conhecimento humano é possível pois a verdade encontra-se claramente demonstrada e a partir dessas verdades primárias ou crenças básicas poder-se-ia conhecer outras verdades sobre as ciências por simples raciocínio dedutivo.



2. Não, Descartes não é um filósofo céptico pois os cépticos descrêem na capacidade do homem para alcançar o conhecimento verdadeiro e consideram que nenhuma crença está justificada, como a justificação é uma condição para haver conhecimento então não há conhecimento. Descartes utiliza o método céptico: submeter à dúvida todas as crenças para poder separar as duvidosas, aquelas que não resistem à dúvida, das crenças inquestionáveis. O resultado deste método permite distinguir as crenças verdadeiras, que se auto-justificam a si próprias e portanto não necessitam de uma justificação exterior, das crenças secundárias que derivam destas mas que não se apresentam com tanta evidência ao pensamento. As primeiras serão consideradas o fundamento do conhecimento, assim Descartes ultrapassa a dúvida céptica e demonstra que o conhecimento verdadeiro é possível.







3. Os argumentos cépticos contra o conhecimento são: A divergência de opiniões, as ilusões e enganos dos sentidos e o argumento da regressão ao infinito. Quanto ao primeiro alude o facto de termos várias opiniões sobre o mesmo assunto e que os argumentos que utilizamos não são convincentes de modo a alcançar um acordo, por exemplo os cépticos referiam, no sec.XVII a divergência entre as opiniões da Igreja e dos Livros Sagrados e a opinião dos cientistas, ninguém parecia ter mais razão que o outro. Por outro lado, acerca da observação do mundo enganamo-nos, pois julgamos ver algo que não existe, assim se os sentidos nos enganam não podem ser um fundamento fiável para o nosso conhecimento. Por último o Argumento da regressão ao infinito que é um argumento a priori, admite que nenhuma crença está justificada porque cada crença que obtivermos justifica-se noutra crença e assim sucessivamente, logo se a justificação é necessária para o conhecimento, não é possível haver conhecimento.







1. Falso



2. Verdadeiro



3. Falso



4. Falso



5. Falso



6. verdadeiro



7. verdadeiro



8. verdadeiro



9. verdadeiro



10. verdadeiro

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