1. Como se descreve o conhecimento segundo a teoria fenomenológica?
O conhecimento descreve-se como um fenómeno que coloca em relação dois termos: o sujeito e o objecto. Dá-se uma apreensão do objecto – aquilo que é conhecido, ou cognoscente – pelo sujeito, aquele que conhece. Estes dois termos são distintos um do outro e opostos nas sua funções mas simultaneamente existem um para o outro no acto do conhecimento.
2. O que caracteriza a relação sujeito objeto?
Caracteriza-se esta relação por ser uma correlação: o objecto só é para um sujeito e o sujeito para um objecto. Nesta relação cada um dos termos não pode permutar funções, o sujeito nunca pode ser objecto e vice versa. Diz-se por isso que é uma relação irreversível, pois nenhum dos termos se pode converter no outro ou alterar as sua funções. Apesar de serem existentes apenas na relação, os dois termos têm identidades separadas e opostas que não podem ser reduzidas ou alteradas.
3. O que significa dizer que o objecto é transcendente ao sujeito?
Dizer que o objecto é transcendente ao sujeito significa que este se encontra fora da esfera do sujeito, opaco e resistente à apropriação. O objecto está sempre diante do sujeito como um outro, que se deixa captar nas suas determinações apenas quando o sujeito sai da sua esfera e permanece fora de si mas permanece, mesmo depois de apreendido, como exterior ao sujeito e este não o pode modificar, acrescentar ou retirar nada à sua natureza.
4. Quais as etapas/momentos de apreensão do objecto?
A apreensão do objecto pelo sujeito dá-se em três momentos: o sujeito sai da sua esfera, permanece fora de si para captar as determinações do objecto e regressa a si com a consciência do que foi apreendido.
5. O que resulta da relação sujeito/objecto?
O que resulta deste acto é uma imagem/representação do objecto em tudo idêntica a este mas construída mentalmente pelo sujeito que se altera pelo novo conhecimento adquirido.
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