Correção do teste 11I1/2
Grupo I
Grupo I
(10x5 = 50 Pontos)
01. c …… 5
pontos
02. c …… 5
pontos
03. b …… 5
pontos
04. b …… 5
pontos
05. a …… 5
pontos
06. c …… 5
pontos
07. b …… 5
pontos
08. c …… 5
pontos
09. d …… 5
pontos
10. a …… 5
pontos
Grupo II
(5x30 = 150 Pontos)
01. ……………………………………………………………………………………...
30 pontos
A crítica de David Hume sobre a pretensa
crença de que há relações que são necessárias entre dois fenómenos. Tal relação
não existe, diz Hume, é apenas uma ilusão fruto do hábito psicológico. Conhecer
o mundo é relacionar os fenómenos uns com os outros, explicando que um fenómeno
acontece por causa de outro. Assim explicamos que há chuva por causa da
condensação de água (nuvens) etc. Hume refere-se à importância do costume ou
hábito na construção do conhecimento dos factos. É devido à perceção da
repetição de certos fenómenos que se sucedem em contiguidade no espaço e
sucessivos no tempo, que estabelecemos uma relação entre eles e pensamos poder
prever que sempre que um acontece o outro também acontecerá. Esta forte crença
de uma conexão necessária entre dois fenómenos permite-nos estabelecer uma
relação de causa e efeito entre os dois. O problema que Hume coloca é sobre o
fundamento de tal crença. Para Hume tal crença não tem um fundamento, logo, tal
conhecimento de causa efeito sobre os fenómenos não deixa de ser duvidoso. Na
origem desta crença está meramente o costume e o hábito psicológico, mas não há
uma razão para o fenómeno X (chama) ser causa de Y (fumo), nem tão pouco
qualquer impressão empírica que nos permita estabelecer uma relação causal
–necessária entre os dois.
O costume fundamenta-se no passado, se não
houver uma razão que nos permita ligar os fenómenos então, pelo costume só
podemos saber o que aconteceu até este momento e assim, não podemos estabelecer
relações de causa efeito para fenómenos que ainda não aconteceram. Ora, nós
fazemos previsões, nós estabelecemos conhecimento através da suposição de que é
necessário para haver fumo haver fogo, logo, nós ultrapassamos os limites da
experiência. O que acontece repetidas vezes não é, por si só, garantia que vai
acontecer sempre. A relação entre dois fenómenos não é lógica mas psicológica,
embora venham repetidas vezes juntos, os fenómenos são separados e podem não
acontecer juntos, portanto, a nossa previsão que sempre que há fumo há fogo não
é certa, pois não existe uma conexão necessária entre os dois. O argumento de
Hume é baseado no princípio de que nada podemos saber sem ser através de
impressões sensíveis. Ora a relação de causalidade corresponde á impressão de
vermos dois fenómenos sucederem-se no tempo e em espaços contíguos. Essa
impressão acontece repetidamente, logo criamos uma expectativa e fazemos uma
previsão que irá acontecer também no futuro. Mas essa previsão é apenas baseada
num hábito psicológico. Nada há racionalmente que possa ligar de forma
indissolúvel dois fenómenos. Como a experiência é contingente e a relação
causal necessária, então esta é uma ilusão construída pelo hábito psicológico
sem fundamento racional ou empírico.
02. ……………………………………………………………………………………...
30 pontos
a.
Período de ciência normal é quando há um paradigma em
vigor.
b.
Num período de ciência normal vão-se encontrando
anomalias que vão sendo acumuladas.
c.
Anomalias são fenómenos que não são explicados à luz do
paradigma em vigor.
d.
A acumulação de anomalias chega a um ponto que se torna
incomportável, de modo que o paradigma em vigor cai por terra.
e.
Começa um período de ciência extraordinária (período em
que se procura um novo paradigma, porque se deixou o anterior) em que se
procura um novo paradigma, levando a uma revolução científica.
f.
A comunidade científica acaba por aceitar um novo
paradigma. E assim se dá a evolução científica, de forma descontínua.
Refere:
b. d. ……………. 10 pontos
b. d. e. …………. 15 pontos
b. d. e. f. ……….. 20 pontos
todos menos 1 ... 25 pontos
todos …………… 30 pontos
03. ……………………………………………………………………………………...
30 pontos
a.
Um critério de demarcação científico é o que distingue
a ciência de outras áreas.
b.
Para Popper o critério de demarcação da ciência é a
falsificação.
c.
A falsificação é a tentativa de refutar as conjeturas
que procuram explicar os fenómenos naturais.
d.
Popper critica o verificacionismo: as teses científicas
não são verificáveis, porque são universais e o universal não é verificável.
Refere:
a. b. …………………………………………………….. 15
pontos
a. b. + 1 (c. ou d.)
……..………………………………. 20 pontos
a. b. c. d.
……............................................................ 25 pontos
todos e utiliza bem questões 02 e 03
……………….. 30 pontos
04. ……………………………………………………………………………………...
30 pontos
a.
Para Popper a prática científica é maioritariamente de
falsificação, refutar teorias científicas. Para kuhn, por outro lado, a maior
parte do trabalho científico é fortalecer e aprofundar o paradigma em vigor.
b.
Para Kuhn o trabalho científico depende muito da
comunidade científica e do paradigma em vigor, não há objetividade científica.
Para Popper, o trabalho do cientista é muito independente e objetivo.
c.
Para Popper, o trabalho científico baseia-se
fundamenta-se no rigor do método científico que é constante: falsificar
teorias. Por outro lado, para Kuhn a prática científica altera-se de acordo com
o paradigma em vigor.
Refere:
a. …………………………………………………….. 15 pontos
a. + b. ou c. ……..………………………………….. 20
pontos
a. + 2 (b. ou c.)
…….............................................. 25 pontos
a. + 2 (b. ou c.) e utiliza bem
questões 02 e 03 … 30 pontos
05. ……………………………………………………………………………………...
30 pontos
a. Senso
comum baseia-se na experiência cotidiana, a ciência tem um método rigoroso,
sistemático e definido.
b. A
ciência aprofunda, estuda e corrige as convicções do senso comum.
c. A
ciência é crítica, o senso comum acrítico.
d. O
senso comum tem pouca fundamentação racional, a ciência é mais racional.
Refere:
a. ………………………………………………. 10 pontos
a. + b. ou c. ou d. …………………………….. 15
pontos
a. + 2 (b. ou c. ou d.)
..................................... 20 pontos
a. + 3 (b. ou c. ou d.)
..................................... 25 pontos
a. + 3 (b. ou c. ou d.) e utiliza
bem a frase .... 30 pontos
Correção do teste 11B
Correção do teste 11B
Versão A
1.
d
2.
b
3.
b
4.
c
5.
a
6.
b
7.
d
8.
b
9.
c
10.
a
Versão B
1.
c
2.
b
3.
b
4.
a
5.
d
6.
a
7.
c
8.
a
9.
a
10.
c
1. De
acordo com Hume, a suposição de que a natureza é uniforme está implicitamente
contida nas inferências indutivas. Porquê?
Na sua resposta integre:
- a importância do raciocínio indutivo no
conhecimento da natureza
- a crítica de Hume ao raciocínio indutivo
A indução supõe
que há uniformidade na natureza pois assume que a partir certas observações
particulares ser possível inferir que no futuro o mesmo acontecerá.
|
10
|
A
importância do raciocínio indutivo: permite normalização do quotidiano,
permite fazer previsões de futuro ainda que não completamente certas
|
10
|
Hume critica
dizendo: não há necessidade no raciocínio indutivo, Princípio de Uniformidade
da natureza é apenas indutivamente defendido, e a indução só tem validade se
partirmos do princípio que a indução demonstra, que a natureza é uniforme.
Circularidade do raciocínio indutivo acerca da natureza.
|
10
|
2. Tome uma posição fundamentada,
explicitando razões, quanto ao critério de demarcação da ciência, qual lhe
parece mais adequado.
Na sua resposta:
– comece por identificar os métodos de demarcação estudados.
●
Apresentação
de razões estudadas que sejam pertinentes e precisas
|
20
|
Verificacionismo
e Falsificacionismo
|
10
|
3. Leia o texto.
Nenhum empreendimento de solução de
enigmas pode existir a menos que os seus praticantes partilhem critérios que,
para esse grupo e para essa época, determinem quando é que um enigma particular
foi resolvido. Os mesmos critérios determinam necessariamente o fracasso em
obter uma solução, e quem quer que tenha de escolher poderá ver nesse fracasso
o fiasco de uma teoria submetida à prova. [Mas] normalmente […] não se vê assim
o assunto. Só o praticante é censurado, não os seus instrumentos. Mas em
circunstâncias especiais que provocam uma crise na profissão (por exemplo, um
grande fracasso, ou fracassos repetidos dos profissionais mais brilhantes), a
opinião do grupo pode mudar. Um fiasco que anteriormente fora pessoal pode
então acabar por parecer o insucesso de uma teoria submetida a testes.
T. Kuhn, A Tensão Essencial, 1989
3.1. De acordo com Kuhn, como se
explica a passagem da ciência normal para a ciência extraordinária?
A passagem
da ciência extraordinária dá-se a partir da acumulação de anomalias, i.e., de
enigmas que não são passíveis de serem respondidos sob a ciência normal/ o
paradigma atual.
|
15
|
A ciência
normal é aquela que é feita sob um paradigma e resolve os enigmas
despoletados por esse mesmo paradigma.
A ciência extraordinária é aquela que procura resolver as anomalias do paradigma anterior visando a criação de um novo paradigma. |
10
|
Integra
adequadamente informação do texto.
|
5
|
3.2. Apresente uma crítica,
devidamente justificada, à perspetiva de
Kuhn acerca do desenvolvimento da ciência.
Na sua resposta, comece por explicitar o aspeto da perspetiva de Kuhn a
que a sua crítica diz respeito.
Cenário de resposta:
Incomensurabilidade dos paradigmas /
Evolução da Ciência
Conhecimento com conhecedor vs
conhecimento sem conhecedor
Indica
corretamente o aspeto da teoria de Kuhn a ser criticada
|
5
|
Justifica,
de modo completo e preciso.
|
25
|
Justifica,
parcialmente ou com imprecisões
|
15
|
Justifica,
parcialmente e com imprecisões
|
5
|
4. Leia o texto.
Aquilo em que nós acreditamos (bem ou mal) não é que a
teoria de Newton ou a de Einstein sejam verdadeiras, mas sim boas aproximações
à verdade, [...] podendo ser superadas por outras melhores.
Karl
Popper, O Realismo e o Objetivo da Ciência, 1997
Concorda
com a posição de Popper relativamente ao problema da evolução da ciência?
Justifique a resposta, fundamentando a sua posição com, pelo menos, duas
razões.
Adiciona exemplo de resposta
Definir evolução da ciência na perspetiva de
Popper
A
evolução da ciência para Popper de corre
de forma linear e contínua. Cada teoria é melhor que a precedente por não ter
os mesmos erros que falsificaram a teoria anterior, nesse sentido está mais
próximo da verdade.
Justifica, apontando duas razões, de forma precisa e
completa.
|
30
|
Justifica,
de modo completo, mas com imprecisões ou de modo preciso, mas não completo
(aponta apenas uma razão)
|
20
|
Justifica,
parcialmente e com imprecisões
|
10
|
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