A OBJETIVIDADE CIENTÍFICA
Segundo Aranha e Martins (2005, p.142), a objetividade
científica representa a cautela dos cientistas para que não haja erro,
devido à pressão dos leigos que anseiam por soluções rápidas.
“A ciência aspira pela objetividade ao tentar superar as
condições subjetivas, marcadas pela nossa sensibilidade ou idiossincrasias. São
objetivas porque à crítica dos demais.” (Aranha e Martins,
p.172)
Para se chegar a uma descoberta científica, os cientistas
precisam descobrir uma explicação para esse fato e quais as suas prováveis causas.
Como escreve Aranha e Martins (2005, p.177) “dissemos que o trabalho do
cientista começa diante de um problema que exige explicação”.
Segundo Aranha e Martins (2005, p.172) os cientistas
precisam de uma teoria para que haja explicações para as experiências
científicas.
“Uma vez confirmadas, as explicações científicas são
formuladas em enunciados gerais (as leis) capazes de distinguir e separar
certas propriedades e descobrir relações entre outras, unificando um grande
número de fatos que pareciam dispares.” (Aranha e Martins 2005, p.172).
Para muitos a ciência é vista como algo superior, capaz de
resolver todos os problemas, portanto, isso diminui a compreensão da realidade
quando se acredita que só a ciência está correta. “À medida que a ciência se mostrou
capaz de explicar os fenómenos de maneira mais rigorosa, ao fazer previsões
capazes de transformar o mundo, passou a ser vista como conhecimento superior.”
(Aranha e Martins, 2005, p.173).
A ciência não é um saber neutro como muitos imaginam, ela é
um saber que sofre influências políticas e sociais.
“ (…) muitos pensam que a ciência é um saber neutro, ou
seja, que as pesquisas científicas não sofrem influências sociais ou políticas
e visam apenas ao conhecimento “puro” e desinteressado.” (Aranha e Martins
2005, p.174).
Geralmente, as descobertas científicas têm por trás dos seus
objetivos, os interesses políticos, pois os pesquisadores nem sempre estão
preocupados em resolver problemas pelo bem da sociedade, mas sim para
satisfazer os interesses políticos, aos quais são submetidos.
O método experimental é utilizado para que sejam descobertas
as relações entre os fenómenos e prever o seu controle.
“A grande força do método científico está na descoberta das relações
constantes e universais entre os fenómenos – as leis – o que permite a
previsibilidade e, portanto, o controle da natureza para fins humanos.” (Aranha
e Martins, 2005, p.180).
Por fim, é preciso considerar que mesmo que a ciência seja
indispensável para a vida, não se pode confiar cegamente nela, é preciso vê-la
com olhar crítico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires.
Temas de Filosofia. 3ªed. São Paulo: Moderna, 2003.
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