2. Breve resumo do assunto
e da problemática que o texto trata.
3. Salientar o problema ou
problemas levantados.
4. Esclarecer a resposta a
esses problemas e os argumentos que a defendem
5. Análise crítica.
6. Conclusão
O texto abaixo foi retirado e traduzido do site http://www.askphilosophers.org/ (vale a pena visitar!) no qual os cibernautas podem colocar perguntas a um vasto painel de filósofos e obter resposta. O livro de Alexander George, Que Diria Sócrates?
Filósofos Respondem Às Suas Perguntas Sobre O Amor, O Nada E Tudo O Resto,
recentemente publicado pela editora Gradiva, baseia-se em perguntas que
foram seleccionadas de entre as muitas enviadas para este popular site.
PERGUNTA
Têm
sido propostos muitos argumentos que visam dar suporte à proposição que
afirma que Deus existe. Até agora, parece que nenhum deles foi
convincente. Pensa que é possível que um argumento que conclua com ‘Deus
existe’ venha a ser alguma vez convincente? Se um tal argumento não
puder ser convincente, não podemos inferir que não é convincente nenhum
argumento que procure estabelecer a existência de Deus? Ou pensa que
podemos vir a encontrar um argumento que seja convincente?
RESPOSTA (de Allen Stairs)
Se
por “convincente” quer dizer algo como “acima de qualquer dúvida”, a
resposta é quase de certeza não. No entanto, isto não é algo exclusivo
dos argumentos acerca da existência de Deus. A tese que afirma que Deus
existe tem pelo menos em comum com as teses filosóficas em geral o facto
de haver bastante margem de manobra para se argumentar a favor ou
contra.
Por
outro lado, se a questão é saber se existem argumentos para acreditar
em Deus que alguém possa achar convincentes sem cair na irracionalidade,
a resposta é quase de certeza sim. Mas, uma vez mais, isto não é algo
exclusivo dos argumentos acerca da existência de Deus. Pense no que quer
que seja em que os filósofos estejam em desacordo e verificará que
alguns filósofos no seu perfeito juízo se deixam convencer por
argumentos que outros não consideram persuasivos.
Pode
alguém, razoavelmente, considerar um argumento persuasivo, mesmo tendo
consciência de que este dá azo a objecções que ainda não obtiveram
resposta? Se um padrão de razoabilidade é alcançável pelos seres
humanos, a resposta também é sim. Em parte, isto deve-se ao facto de
haver duas maneiras de encarar objecções. Uma, é pensar nelas como
refutações; outra, como problemas a resolver: ‘se calhar esta questão
que me atormenta vai ser fatal para as minhas convicções’; ou ‘se
calhar, com algum jeito, eu ou outra pessoa, acabaremos por descobrir
uma resposta convincente’. Pessoas razoáveis podem diferir, e diferem,
sobre como encarar cada caso. Na verdade, o facto de os filósofos e
outro género de teorizadores diferirem quanto a isto é uma das coisas
que os vai mantendo ocupados!
Tradução Carlos Marques.
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