segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Falsificacionismo. Resumo


Karl Popper e O Falsificacionismo


Propõe um novo critério de demarcação científica distinguindo ciência de pseudo-ciência.


Há certas teorias que dentro deste critério não são consideradas ciência, por exemplo certas teorias da Psicanálise, a teoria de Darwin,(embora posteriormente Popper a tenha considerado científica)
O CRITÉRIO É ESTE: TEORIAS QUE NÃO SÃO FALSIFICÁVEIS NÃO SÃO CIENTÍFICAS:As afirmações que não podem ser falsificadas pela experiência não podem constituir-se como conhecimento científico.


Exemplo: Pode nevar ou não em Praga.

Não é científico


Amanhã à tarde, entre as 15h e as 18h vai nevar em PragaCientífico


Argumentos para validar esta teoria:
Argumento 1As teorias científicas que usam a experiência como confirmação/ verificação tanto podem ser verdadeiras como falsas.


Exemplo: A teoria psicanalítica de Adler diz que todo o comportamento humano pode ser explicado pelo complexo de inferioridade.
O facto 1: O pai bate violentamente no filho – confirma a teoria – quer mostrar superioridade, impelido pela consciência da sua inferioridade.
Facto 2 : O pai é carinhoso com o filho – confirma a teoria – porque o pai revela o seu complexo de inferioridade de modo a suscitar uma reacção contrária no filho.


CONCLUSÃO: Factos contrários são interpretados como confirmando sempre a teoria. Logo estas teorias são vagas, impossíveis de falsificar.
Argumento 2
As teorias mais informativas são as que correm mais riscos de falsificação:
Exemplo: Teoria. Quando a temperatura do ar atinge valores abaixo dos 0 Graus negativos neva.. Entre as 15h e as 18h esta temperatura verificou-se em Praga e Moscovo, logo vai nevar nestes dois lugares. Esta previsão a revelar-se verdadeira não confirma a teoria como verdadeira apenas não a falsifica.

Mas um só facto como nevar em Paris à mesma hora e no mesmo dia quando a temperatura é de 2 Graus, é suficiente para a falsificar.



Cabe ao cientista arriscar previsões para poder testar a sua teoria.
As teorias científicas não podem ser confirmadas pela experiência (porque têm um carácter generalizador e a experiência é sempre finita) mas devem poder ser falsificadas por esta. Permanecem como hipóteses explicativas até ser encontrada uma experiência que as negue, isto é, que não possa ser explicada pela teoria ou que entre em contradição com ela.

Por isso as teorias científicas são conjecturas e não verdades, pois são sempre refutáveis. (com possibilidade de)


Conclusão: Quanto mais arriscada, mais informativa, e mais facilmente falsificável for uma teoria científica mais informações nos dá sobre o mundo e mais fiável é (porque resistiu aos testes de falsificação)


Crítica ao método tradicional: a indução


Fonte de toda a investigação e verificação científica, parte dos seguinte pressupostos:
1. Há uma observação neutra e pura
2. É possível registar todo o tipo de dados empíricos.


Popper refuta estes pressupostos:


Não há observação neutra e pura, porque o cientista selecciona e privilegia na realidade os fenómenos que quer observar e não dá valor a outros.


Toda a observação já tem uma finalidade, já está sujeita a um critério de escolha, a uma hipótese previamente estabelecida.


A forma como se classifica os factos está sujeita a um método prévio de classificação.
Assim o que vamos observar nas formigas não pode ser o mesmo que observamos nos leões.

CONCLUSÃO: O sujeito afecta e selecciona o objecto a observar, logo não há observação neutra, toda a observação já obedece a um problema e a uma teoria prévia.



Crítica à Indução 2As teorias científicas como são universais não podem ser empiricamente verificáveis.
Podem permanecer como conjecturas, até serem falsificadas.
Não podem constituir-se como verdades inabaláveis.
O método indutivo não é suficiente para provar a universalidade porque por mais casos que se verifiquem é impossível verificar todos e a teoria refere-se a todos.

Propõe-se um método hipotético-dedutivo:



Formulação de hipóteses explicativas para resolver os problemas.
Teste experimental às hipóteses

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