Hume nega a existência de princípios evidentes inatos em
nós. Para ele, todo o conhecimento é como que uma cópia de algo, cujo objeto já
tivemos acesso de alguma maneira.
A partir daí, ele negou que possamos fazer qualquer ideia de
causalidade pois ela é apenas resultado do nosso hábito mental, visto que na
Natureza nada nos mostra que sempre que acontece alguma coisa, tem que
acontecer outra.
Por exemplo, quando está vento e uma árvore abana dizemos que esta é uma relação causa efeito, quando nada nos prova que assim é. Apenas o dizemos porque nos habituamos a ver os dois fenómenos ocorrer muitas vezes simultaneamente. A experiência até nos pode dizer que o vento pôs os galhos da árvore em movimento, mas ela nunca nos diz nada sobre acontecimentos futuros, com os quais ainda não tivemos qualquer contacto: única fonte de conhecimento valida. Isto porque a inferência causais estão sempre sujeitas ao erro perante novos objetos, novos sujeitos e novas situações, que podem mudar as ideias que temos em nós. Desse modo, vemos que para Hume, o conhecimento só pode corresponder a ações passadas, ou quando muito atuais e nunca futuras. Para ele, “cada caso, é um caso” e nada nos diz o que vai acontecer amanhã.
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