quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Matriz para o 1º teste de 11ºAno. 8 NOVEMBRO 2024



Conteúdos e Competências

1. O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica.

a. A epistemologia. (Definir e problematizar)
b. Os vários tipos de conhecimento: Proposicional, por contacto e de aptidão. (Distinguir, caracterizar e exemplificar)
d. A definição tripartida de conhecimento: O conhecimento é uma Crença Verdadeira e Justificada. Argumentar, Problematizar, Aplicar. Identificar.
e. Objeções a esta teoria. Os contraexemplos de Gettier. (Argumentar, Problematizar, Exemplificar)
 f. Teorias da justificação: Fundacionalismo, coerentismo e fiabilismo. (Problematizar, Explicar, Distinguir)
g. Conhecimento a priori e a posteriori. ( Identificar, Relacionar. Explicar)
h. A questão da origem do conhecimento: Racionalismo e empirismo. (Discutir, Argumentar)
i. A questão da possibilidade do conhecimento: Ceticismo e dogmatismo.(Discutir, Argumentar)
j. Os argumentos céticos. (Explicitar, Criticar)
 
2. Uma teoria explicativa sobre o conhecimento: O racionalismo de René Descartes

a. O problema do conhecimento verdadeiro/fundamentado. (Contextualizar/Problematizar)
b. O método da dúvida. (Fundamentar, Examinar)
c. Etapas da dúvida. (Argumentar, Explicitar, Inferir)
d. Características da dúvida cartesiana.(Caracterizar, Apresentar)
e. O cogito como critério de verdade. Clareza e distinção. (Argumentar, Fundamentar, Relacionar)
f. O racionalismo cartesiano. A importância das ideias inatas.(Equacionar, Fundamentar)
g. A superação do ceticismo. As crenças básicas que se autojustificam. (Explicitar, Justificar)
h) A superação do solipsismo do cogito: A existência de Deus.
i) Os argumentos qe visam provar a existência de Deus ( Explicar, Argumentar, Problematizar);
j) Deus como garantia da verdade e da objetividade das ideias ( Fundamentar, Argumentar,
Problematizar):
l) A distinção das ideias. inatas, adventícias e fictícias (Distinguir, Definir)


Estrutura e cotações 

este elemento de avaliação é constituído por dois testes, o primeiro teste visa avaliar a competência de Conceptualização e o segundo teste avalia as competências de Problematização e Argumentação. Cada teste tem cotação de 0 a 20 valores.
TESTE 1 - CONCEPTUALIZAÇÃO - 
10x10 perguntas de escolha múltipla=100 Pontos +
2 perguntas de análise de conceitos (100 Pontos) = TOTAL - 200 Pontos

TESTE 2- ARGUMENTAÇÃO/PROBLEMATIZAÇÃO -   Perguntas que exigem fundamentação (5x40) = 200 Pontos

Competência transversal: COMUNICAÇÃO -Correção escrita
 

Competências Gerais 

Grupo 1 - CONCEPTUALIZAÇÃO
Identifica os conceitos e teorias.
Relaciona conceitos
Reconhece exemplos
Sabe definir conceitos e teorias.
Aplica corretamente a informação a novos problemas.

Grupo 2 ARGUMENTAÇÃO PROBLEMATIZAÇÃO
Explica com clareza os argumentos das teorias estudadas.
Formula corretamente os seus próprios argumentos
Justifica as afirmações  que utiliza.
Relaciona ideias de forma coerente.
Interpreta corretamente os textos.
Infere corretamente consequências a partir de uma frase ou de um texto.
Recorre a bons exemplos para demonstrar o que afirma.
Enuncia corretamente os problemas de um texto ou de  uma teoria,
Compreende o problema apresentado.





 

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Texto para resumo Margarida 11C

No Discurso do Método, [Descartes] conta-nos como na sua juventude se sentia perturbado com o espectro da incerteza:

[…] encontrava-me embaraçado com tantas dúvidas e erros que me parecia não ter tido outro proveito, ao tentar instruir-me, senão o de ter descoberto cada vez mais a minha ignorância. E, no entanto, estive numa das escolas mais célebres da Europa…
E, enfim, o nosso século parecia-me tão florescente e fértil de bons espíritos quanto qualquer um dos precedentes. Por isso, tomei a liberdade de tomar o meu juízo como universal, concluindo que não há nenhuma doutrina no mundo que fosse como até então me fizeram crer.


A resposta de Descartes a esta situação foi procurar os fundamentos sobre os quais a verdade podia ser assegurada. Por isso, nas suas Meditações Sobre Filosofia Primeira, ele faz uso de um método de dúvida radical, cujo fim é o de estabelecer pelo menos alguma crença que possa então servir como alicerce para o conhecimento. A dúvida radical significa apenas isso. Como diz Descartes, 'A mais pequena dúvida será suficiente para me fazer rejeitar qualquer das minhas crenças.'
O argumento de Descartes é um dos mais famosos na história da filosofia. Ele mostra que nos podemos enganar acerca de certos dados dos sentidos; que é possível colocar toda a nossa experiência dos sentidos sob dúvida - podemos, por exemplo, estar a sonhar sem o saber; e, de modo mais radical, que é possível que nada exista para além das nossas experiências sensíveis - podemos ter sido iludidos por um demónio maligno.
Contudo, este processo também mostra que há uma crença renitente. Por mais que apliquemos o método da dúvida, não é possível duvidar de que existimos. O próprio facto de se duvidar significa que tem de haver um 'Eu' que está a duvidar. É isto o famoso
cogito de Descartes:

Mas persuadi-me de que não havia nada no mundo, nenhum céu, nenhuma terra, nenhuns espíritos, nenhuns corpos. E não me persuadi também de que eu próprio não existia? Pelo contrário, se me persuadi de alguma coisa, eu existia com certeza. […] De maneira que, depois de ter-se pesado e repesado muito bem tudo isto, deve por último concluir-se que esta proposição Eu sou, eu existo é necessariamente verdadeira sempre que proferida por mim ou concebida pelo espírito.

Descartes, porém, tem agora um problema. Tendo estabelecido a existência de uma entidade pensante (se realmente foi estabelecida), como recupera o resto do mundo? A resposta, de modo breve, é que não é capaz de o fazer; pelo menos, de modo a satisfazer um filósofo dos nossos tempos. A sua tentativa envolve o emprego de uma versão do argumento ontológico com o objectivo de provar a existência de Deus, argumentando depois que, como Deus não é enganador, não somos sistematicamente enganados sobre as coisas que percebemos claramente. É razoável assim retomar algumas das nossas crenças acerca do mundo exterior.

Ophelia Benson & Jeremy Stangroom, Why Truth Matters (London, 2006, pps. 26-27). Tradução Carlos Marques.

domingo, 6 de outubro de 2024

Raul Seixas - Gospel

What is Skepticism?