quarta-feira, 27 de maio de 2015

FILOSOFIA DE VIDA

domingo, 24 de maio de 2015

Correcção do teste de 18 de maio


1. Tal como diz o texto  a constituição de leis resulta de uma generalização e antecipa o futuro através da previsão, considera que o funcionamento da ciência é, assim, indutivo, contrariamente a Popper que afirma que a indução não é o método para a constituição das leis e para a previsão de factos futuros, mas sim a dedução lógica a partir de leis que são hipóteses teóricas. O método indutivo consiste na generalização teórica  a partir de dados observacionais, retirando dos factos singulares repetições e constantes que são comuns a todos os factos observados e que permitem a elaboração de leis  válidas para todos os casos semelhantes. Assim o procedimento consiste em recolher dados, retirar uma hipótese que possa ser testada e confirmada pela experiência e depois generalizar e fazer previsões. Popper  coloca objecções à validade deste método, embora ele seja um procedimento comum a algumas ciências como a Biologia. Este problema ficou conhecido como o problema da indução. Consiste em demonstrar que a crença na indução não está justificada porque ultrapassa a experiência e a razão, isto é, não pode ser justificada nem empiricamente nem racionalmente. Acreditamos que a natureza é uniforme e, por isso acreditamos que aquilo que aconteceu de uma determinada maneira irá acontecer do mesmo modo no futuro. Esse é o pressuposto que garante as nossas generalizações futuras, mas esse pressuposto já resulta ele próprio de uma generalização e de uma previsão, isto é, aquilo que garante a validade de uma indução é conseguido através da indução, utiliza-se o mesmo processo para validar algo que devia ser validado por um outro conhecimento onde se pudesse fundar.  Há assim um raciocínio falacioso, uma petição de princípio.A crítica de Popper ao método indutivo contesta a imparcialidade da observação que já está submetida a uma teoria e a um problema e não é feita ao acaso.
A teoria epistemológica de Popper ultrapassa o indutivismo da ciência ao propor um novo método: o falsificacionismo, este método propõe que a dedução dos facto que podem ocorrer a partir de uma hipóteses científica e os factos que não podem ocorrer. Esse raciocínio é dedutivo e não dedutivo pois retiram-se as consequências práticas a partir de uma hipótese teórica e geral  O falsificacionismo é, simultaneamente, um critério de demarcação científica, isto é, um critério para separar conhecimento científico e não científico; e, por outro lado, uma nova forma de compreender a metodologia das ciências propondo como realmente científica  uma metodologia hipotética e dedutiva e não indutiva. O método hipotético-dedutivo privilegia a criatividade intelectual e a colocação dos problemas e das hipóteses assim como a dedução a partir destas,  de consequências observáveis. Ultrapassa o problema do método indutivo que não pode justificar as leis da natureza, e que é por si um problema visto que carece de fundamento racional.

2. Para Kuhn as teorias científicas funcionam como paradigmas, isto é trazem consigo uma visão do mundo e certos métodos de trabalho, assim como princípios metodológicos e metafísicos. Os cientistas ao aceitarem uma teoria como um novo paradigma científico trabalham no sentido  de ampliar os seus resultados e confirmar as suas previsões. A comunidade científica trabalha no âmbito dos paradigmas e não os põe em causa, mesmo que surjam anomalias. O processo de desenvolvimento da Ciência começa com a instituição de um Paradigma e o trabalho científico visa tornar mais consistente e abrangente esse paradigma resolvendo os enigmas que este vai colocando à medida que vai sendo alargado na explicação de outros fenómenos. Este período de resolução de enigmas caracteriza-se por ser acrítico, pois não há disposição para pôr em causa as metodologias de trabalho que foram aceites, assim como os princípios e a validade das teorias, Kuhn chama-lhe um Período de Ciência Normal. Com o desenvolvimento teórico e prático do Paradigma vão surgindo anomalias que se vão acumulando até pôr em causa a actividade que está a ser feita, entra-se numa crise em que a descrença em relação ao modelo seguido leva ao seu abandono e começam a surgir novas teorias concorrentes que explicam as anomalias anteriormente irresolúveis.. Neste período, denominado Ciência Extraordinária, a comunidade científica tem de escolher uma teoria que pela sua abrangência, simplicidade, precisão, consistência e fecundidade, assim como o prestígio do cientista que a apresenta, possa ser unificadora da comunidade e possa constituir um novo Paradigma. Quando isso acontece dá-se uma revolução científica, isto é: a substituição de um Paradigma por outro.

3. Para Kuhn não há verdadeiro progresso ou evolução porque os paradigmas que se vão sucedendo são incomensuráveis, isto é, não podem ser comparados porque apresentam diferentes formas de trabalhar, de seleccionar fenómenos e novos princípios metafísicos.
Há, portanto, na evolução da ciência, cortes abruptos que correspondem a revoluções científicas, de mudanças de paradigma. As revoluções científicas sucedem-se a períodos criativos em que há teorias diferentes e a comunidade científica não forma consenso acerca de nenhuma delas. A escolha de uma teoria pela comunidade científica equivale a um acordo sobre a forma proposta de explicar os fenómenos. Uma vez acordado, ele torna-se exemplar e guia a comunidade para um desenvolvimento desta concepção dando origem a um novo paradigma e a uma nova fase de ciência normal. Todavia não há objectividade na escolha dos Paradigmas visto que este consenso é muitas vezes impossível e a escolha é influenciada por factores externos aos critérios objectivos.

Para Popper, a ciência evolui no sentido de uma aproximação à verdade na medida em que se faz eliminando os erros das teorias e substituindo-as por outras mais abrangentes e consistentes com os factos observados. Visto que a ciência se faz num processo racional de conjecturas e refutações em que o papel da subjectividade tende a diminuir pois o cientista trabalha no sentido de fazer previsões arriscadas de modo a testar de os limites de cada teoria. Embora não haja qualquer espécie de certezas pois o progresso científico é um sistema em aberto e nenhuma teoria é verdadeira mas apenas provisoriamente corroborada. A substituição de uma teoria por outra é um processo de selecção  em que as novas teoria aperfeiçoam as antigas na medida em que não cometem os mesmos erros da anterior, explicam os fenómenos das anteriores e ainda explicam novos fenómenos. Daí haver continuidade na evolução científica.


4. Segundo o texto o conhecimento científico e o senso comum divergem no sentido em que há uma lentidão e resistência do senso comum a ideias novas que possam entrar em contradição com aquilo que habitualmente se pensa. O senso comum é acrítico, isto é não se deixa refutar mesmo que novos factos possam desmentir as suas crenças. Esta característica produz uma sensação de desfasamento que pode identificar o senso comum com o preconceito uma vez que se agarra a verdades eternas que nada têm que as justifique senão a tradição. Contrariamente o conhecimento científico pauta-se por estar continuamente a ser revisto, aperfeiçoado, e rectificado ou refutado através de testes empíricos, essa característica permite uma evolução mais rápida e uma abertura constante a novas formas de explicação que possam satisfazer a constante crítica a que está sujeito  conhecimento científico.

Grupo II
Versão A
1.B/2.C/3.D/4.B/5.B/6.C/7.B/8.B/9.B/10.A

Versão B
1.B/2.D/3.A/4.B/5.C/6.A/7.B/8.B/9.A/10.B

Grupo III
Versão A
1. Falácia de Bola de Neve, Derrapagem ou Reacção em Cadeia  raciocínio inválido pois são retiradas consequências exageradas de uma determinada crença que se quer contrariar. Cria-se assim uma conclusão catastrófica na medida em que retiram consequências irracionais e que não são razoavelmente admitidas mas podem causar um efeito psicológico de medo.Falácia de dados insuficientes, as premissas não são suficientes para aceitar a conclusão.

Versão B.
1. Falácia de apelo à ignorância, "ad ignoratiam" é um raciocínio inválido porque pelo facto de não haver provas indiscutíveis de não haver Ovnis a visitar  a terra não se pode concluir que os Ovnis existem, a ausência de provas não nos permite concluir nada, nem que existem nem que não existem. Falácia de dados insuficientes.

2. Este texto quer apontar para o facto da causalidade, a relação de causa-efeito entre dois fenómenos derivar da experiência, e não apenas de uma experiência só mas da sua repetição constante. É pela repetição constante que somos levados a pensar, pelo hábito, que existe uma relação necessária entre os dois. Hume diz que essa relação é produzida pelo hábito, é psicológica e ultrapassa por isso a experiência que só nos pode dar relações contingentes.  

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Correção do Teste de 15 de Maio 2015

Grupo I
1, Para Kuhn as teorias científicas funcionam como paradigmas, segundo o texto, as mudanças de Paradigma não aproximam os cientistas da verdade pois os paradigmas são entre si tão diferentes, com novos fenómenos a explicar e uma nova forma de ver o mundo, de modo que não há uma evolução contínua no sentido do paradigma novo estar mais próximo da verdade que o antigo. Cada Paradigma traz consigo uma visão do mundo e certos métodos de trabalho, assim como princípios metodológicos e metafísicos novos. Os cientistas ao aceitarem uma teoria como um novo paradigma científico trabalham no sentido  de ampliar os seus resultados e confirmar as suas previsões. A comunidade científica trabalha no âmbito dos paradigmas e não os põe em causa, mesmo que surjam anomalias. O processo de desenvolvimento da Ciência começa com a instituição de um Paradigma e o trabalho científico visa tornar mais consistente e abrangente esse paradigma resolvendo os enigmas que este vai colocando à medida que vai sendo alargado na explicação de outros fenómenos. Este período de resolução de enigmas caracteriza-se por ser acrítico, pois não há disposição para pôr em causa as metodologias de trabalho que foram aceites. Kuhn chama-lhe um Período de Ciência Normal. Com o desenvolvimento teórico e prático do Paradigma vão surgindo anomalias que se vão acumulando até pôr em causa a actividade que está a ser feita, entra-se numa crise em que a descrença em relação ao modelo seguido leva ao seu abandono e  surgem novas teorias concorrentes que explicam as anomalias anteriormente irresolúveis.. Neste período, denominado Ciência Extraordinária, a comunidade científica tem de escolher uma teoria que pela sua abrangência, simplicidade, precisão, consistência e fecundidade, assim como o prestígio do cientista que a apresenta, possa ser unificadora da comunidade e possa constituir um novo Paradigma. Quando isso acontece dá-se uma revolução científica, isto é: a substituição de um Paradigma por outro.

2. O método indutivo, descrito no texto como principiando pela observação, consiste na generalização teórica  a partir de dados observacionais, retirando dos factos singulares repetições e constantes que são comuns a todos os factos observados e que permitem a elaboração de leis  válidas para todos os casos semelhantes. Assim o procedimento consiste em recolher dados, retirar uma hipótese que possa ser testada e confirmada pela experiência e depois generalizar e fazer previsões. Popper coloca objeções à validade deste método, embora ele seja um procedimento comum a algumas ciências como a Biologia. Este problema ficou conhecido como o problema da indução. Consiste em demonstrar que a crença na indução não está justificada porque ultrapassa a experiência e a razão, isto é, não pode ser justificada nem empiricamente nem racionalmente. Acreditamos que a natureza é uniforme e, por isso acreditamos que aquilo que aconteceu de uma determinada maneira irá acontecer do mesmo modo no futuro. Esse é o pressuposto que garante as nossas generalizações futuras, mas esse pressuposto já resulta ele próprio de uma generalização e de uma previsão, isto é, aquilo que garante a validade de uma indução é conseguido através da indução, utiliza-se o mesmo processo para validar algo que devia ser validado por um outro conhecimento onde se pudesse fundar.  Há assim um raciocínio falacioso, uma petição de princípio.
A teoria epistemológica de Popper ultrapassa o indutivismo da ciência ao propor um novo método: o falsificacionismo.  O falsificacionismo é, simultaneamente, um critério de demarcação científica, isto é, um critério para separar conhecimento científico e não científico; e, por outro lado, uma nova forma de compreender a metodologia das ciências propondo como realmente científica  uma metodologia hipotética e dedutiva e não indutiva. O método hipotético-dedutivo privilegia a criatividade intelectual e a colocação dos problemas e das hipóteses assim como a dedução a partir destas,  de consequências observáveis. Ultrapassa o problema do método indutivo que não pode justificar as leis da natureza, e que é por si um problema visto que carece de fundamento racional.

3. 
 3. Para Kuhn não há verdadeiro progresso ou evolução porque os paradigmas que se vão sucedendo são incomensuráveis, isto é, não podem ser comparados porque apresentam diferentes formas de trabalhar, de seleccionar fenómenos e novos princípios metafísicos.
Há, portanto, na evolução da ciência, cortes abruptos que correspondem a revoluções científicas, de mudanças de paradigma. As revoluções científicas sucedem-se a períodos criativos em que há teorias diferentes e a comunidade científica não forma consenso acerca de nenhuma delas. A escolha de uma teoria pela comunidade científica equivale a um acordo sobre a forma proposta de explicar os fenómenos. Uma vez acordado, ele torna-se exemplar e guia a comunidade para um desenvolvimento desta concepção dando origem a um novo paradigma e a uma nova fase de ciência normal. Todavia não há objectividade na escolha dos Paradigmas visto que este consenso é muitas vezes impossível e a escolha é influenciada por factores externos aos critérios objectivos.

Para Popper, a ciência evolui no sentido de uma aproximação à verdade na medida em que se faz eliminando os erros das teorias e substituindo-as por outras mais abrangentes e consistentes com os factos observados. Visto que a ciência se faz num processo racional de conjecturas e refutações em que o papel da subjectividade tende a diminuir pois o cientista trabalha no sentido de fazer previsões arriscadas de modo a testar de os limites de cada teoria. Embora não haja qualquer espécie de certezas pois o progresso científico é um sistema em aberto e nenhuma teoria é verdadeira mas apenas provisoriamente corroborada. A substituição de uma teoria por outra é um processo de selecção  em que as novas teoria aperfeiçoam as antigas na medida em que não cometem os mesmos erros da anterior, explicam os fenómenos das anteriores e ainda explicam novos fenómenos. Daí haver continuidade na evolução científica.

 4. No o texto o conhecimento científico e o senso comum são separados por um “ideal de objectividade” e” por uma separação das actividades ordinárias do quotidiano”, isto significa que a experiência científica não se limita à observação ocasional, constrói um quadro racional de problemas e metodologias de análise que o senso comum não tem. Deste modo, embora a realidade pareça ser a mesma ela aparece de modo diferente porque é seleccionada por prévios problemas.Partem dos dados dos sentidos e acumulam factos, mas se o segundo tira as suas conclusões a partir da experiência, o primeiro formula certas hipóteses que constituem uma directriz através da qual organiza os dados da experiência e a interroga de um determinado modo, sistemático e racional e não apenas ocasional. São assim diferentes percepções da realidade. A outra característica apontada é a linguagem. A linguagem científica é universal e rigorosa na medida em que apresenta símbolos que obedecem a uma técnica de codificação aceite pela comunidade e que tem um significado susceptível de ser apresentado numa experiência e não pode ter vários significados. Veja-se o caso de H2O. Contrariamente o senso comum utiliza a linguagem vulgar onde as palavras podem ter diferentes sentidos.

Grupo II
1. A tese empirista de D. Hume sobre a conexão causal é a seguinte:
  1. Não há nenhuma impressão de conexão causal; ora se não há impressão também não pode haver ideia, visto que, segundo o empirismo não há ideias sem impressões sensíveis.
  2. A impressão que temos é da repetição de fenómenos em sucessão no tempo e contiguidade no espaço: “O mesmo objecto é seguido pelo mesmo evento”. Esta repetição de um fenómeno a seguir ao outro leva-nos a estabelecer a crença de que estes andam sempre ligados, isto é, se sucede um, logo a seguir tem de suceder outro.
  3. Esta crença a que chamamos relação de causa efeito ou conexão causal não está justificada nem empiricamente nem racionalmente, porque “ não há nada que produza qualquer impressão, e consequentemente nada que possa sugerir qualquer ideia de poder ou conexão necessária”, o que temos a impressão é de fenómenos singulares, isolados embora sucedendo-se uns aos outros;  logo não há conhecimento mas um hábito psicológico que é criado pela sucessiva repetição dos fenómenos que se apresentam ligados. Se o conhecimento de causa efeito tem a sua origem na experiência e de modo nenhum é “apriori” (argumento do ser racional que nada soubesse do mundo, jamais poderia ter a noção de causa efeito) então é um conhecimento de facto e é contingente, todavia julgamos e pensamos como se houvesse uma conexão necessária e, portanto ultrapassamos a experiência.
  4. Logo, para concluir não uma explicação empírica para uma conexão necessária, ela é apenas fruto do costume, um hábito psicológico.
Grupo III
Versão A
1 -D ; 2- A; 3-D; 4-B; 5-D; 6-A; 7-B; 8-B; 9-A; 10-B; 11-A; 12-B.

Versão B
1-B; 2- D; 3-A; 4-D; 5-B; 6-D; 7-A; 8-B; 9-B; 10-A; 11-B; 12-A.

quinta-feira, 7 de maio de 2015